as mãos podem ser o voo
In Safe Hands
© Sainty
as mãos podem segurar
as asas um impulso uma queda
as mãos podem rever os poros
e deslizar na pele
as mãos podem revelar o fogo
como se um anjo tocasse a matéria
as mãos podem ser o vooGisela Ramos Rosa 20-05-2010
13 comentários:
[e o voo toda a margem do tempo onde o corpo poeta se deseja encontrar]
um imenso abraço, Gisela
incondicional!
Leonardo B.
A poesia (de fora e de dentro) amplia a percepção. As mãos são, sim, o voo.
Beijos, Gisela,
Tânia
Segurando o lançamento, as mãos voam.
Lançando-se no que agarram, as mãos voam.
… são as asas que se arrastam pela pele
desprendendo-se de outras mãos onde se querem agarrar,
para seguras voar!
As mãos são (aproveitando as adoráveis CocoRosie) anjos terríveis...
Há mãos que acariciam.
Outras, são acariciadas.
Há mãos que prendem como amarras.
E há mãos, como as tuas, que só sabem libertar, seja uma ave, seja o pensamento.
Um beijo, GISELA.
Benditas mãos, e temíveis...
Beijo, Gisela.
Amigo
Meu amigo pena
Mas que não pena por algo
Que não seja um penar pensado.
Meu amigo pensa
Mas que não pense por algo
Que não seja um pensar penado.
Porque nada que não valha a pena
Deve ser pensado pensa nisso.
Porque nada que um pensar não valha
Deve ser penado.
Roberto Queiroz
Uma visita amorosa na beleza da poesia de seu espaço.
Com amor da Fada do Mar Suave.
também o voo
nas nossas mãos
Bj
Com quantas mãos se faz uma canoa, perguntam no Brasil.
Eu respondo, se faz com uma única árvore.
E muitas mãos lapidando-as.
Salvemos as mãos
Beijão
as suas mãos são o voo, gisela. um beijinho.
pomba-peixe.
pomba de escamas.
imagem linda. palavras es-colhidas a dedo.
Nas mãos, pousam asas, vindas do espaço que dista entre o sonho e a voz, o gesto sentido capaz de, num instante, envolver-me numa matriz de sonho!
Bom Domingo Gisela! Gostei muito!
"as mãos podem ser o voo"
...
Gisela, essa imagem, que já diz muito, jamais diria tanto sem esse teu poema.
Por mais que nos toque, não olharíamos para ela com os mesmos olhos que ora abrimos, como também asas, pelas tuas mãos.
É como se dilatasses nossa pupila em tintas, para vermos o essencial.
É como se de tuas letras brotassem pincéis para pintar um auto-retrato da própria fotografia, traduzível.
O que dizer diante da beleza beirando o arrebatamento?
Só posso entregar as palavras a essa asa que é a poesia quando floresce dos ramos nos dedos.
Um beijo.
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Katyuscia
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