06 abril, 2009

onde a nudez habita


Bambu e a minha reprodução de Picasso, fotografia de Gisela Rosa 2008.



Tudo começa aqui
no desamparo do horizonte nulo
aqui nasce o corpo no seu espaço virgem
de súbito uma espiral se ergue
ou quase o arco ainda entre o céu e o céu

António Ramos Rosa, Dinâmica Subtil, p. 41
.



* O título deste post é um verso de António Ramos Rosa do livro acima referido.

9 comentários:

Graça Pires disse...

Um arco entre o céu e o céu é a poesia de Ramos Rosa, o poeta que nos sabe habitar "no desamparo do horizonte nulo".
Um beijo grande Gisela.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

No início era o Verbo. E assim o é na poesia, quando o nada preenche-se da palavra, que habita, em seguida, o papel.
Lindo!
beijo no coração

José Manuel Vilhena disse...

Bambu está com um ar de quem tem sorte.


um beijinho

Gisela Rosa disse...

Graça, a sua leitura é imprescindível para mim. Nela descubro sempre novas formas de habitar a palavra. Um beijinho

É isso mesmo Elizabeth, a sua mão tem esse treino de arriscar no nada. Um beijo.


É mesmo JMV. Bambu é um gato feliz, tem sorte. Um beijinho.

Maria Clarinda disse...

E como o Bambu é um gato feliz...e a tua foto está linda, e, mais um poema lindo!Jhs

Gisela Rosa disse...

Obrigada Maria Clarinda, a sua visita encantou-me. beijinhos

Anónimo disse...

querida gisela, venho dar-lhe um beijinho e deixar os meus votos de uma feliz páscoa para si e para o Poeta. um óptimo fim de semana!

Gisela Rosa disse...

Obrigada alice! beijinhos.

myra disse...

quanto beleza!!!!!
mais um enorme beijo