Desenho de António Ramos Rosa (2004), caneta tombo em papel A4
Este poema é desenhado com as mãos
de todas as sensações contidas
com os dedos que tocam a grafia desértica da lua
e sentem a leveza branca das montanhas
e a luz vagarosa que se expande
sinto na boca o sabor de um fruto fresco
suspenso em cada sílaba de sal
os meus gestos desenham calmas marés
e nos ombros repousa uma melodia inacabada
quero unir a lenta luz deste poema
às carícias tímidas de um arbusto
que dança levemente com a folhagem
Gisela Ramos Rosa
12 comentários:
Como se fosse uma brisa que passasse para tocar e fazer-se sentir.
..."os meus gestos desenham calmas marés"...
"as mulheres pensam como uma impensada roseira
que pensa rosas.
Pensam de espinho para espinho,
param de nó em nó."...bem-haja!poetiza.
Um poema assim deixa-nos qualquer coisa dentro.
Há algum tempo que não lia nada de que gostasse tanto.
um beijinho
a luz,
lenta na projeção,
velox em minha retina, fez foco perfeito no alvo.
belíssimo verso gisela!
um beijo!
que dizer à «lenta luz deste poema»?
deixar-me ficar nas suas sílabas e demorar-me nelas. muitíssimo.
obrigada, Gisela. tanto.
um beijinho
Dança na folhagem um verso antiga que se entrega ao sonho dos dedos que o desenham.
Estremece, adormece e pensa ser fruto e água.
Porque gostei, voltei
porque voltei, encontrei e adorei.
Palavras em renda de espuma.
Um beijo
este poema é desenhado com as mãos.
este desenho é um poema digo eu.
admiro e sempre admirei o António Ramos Rosa, não sabia que ele também desenhava.
parabéns e obrigada pela partiha que fazes aqui.
foi muito bom ter descoberto este espaço.
obrigada!
beij
Aqui a beleza é serena.Beijos Gisela
Lindo!
Posso roubá-lo para o postar lá na "Dispersa..."?
Grande abraço.
Hermoso como tus ojos.
1 abrazo
PD. espero tu visita.
hermosissssssssimo!!!! desenho e tuas palavras!!!!!beijossssssssssss
querida Gisela
só me ocorre uma coisa
levar vagarosamente este poema ao coração
que bom reencontrar-Vos
Abraço
fr
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