07 fevereiro, 2010

Procuro o lento cimo da transformação*

© Przemyslaw Wielicki


Procuro o lento cimo da transformação

Daniel Faria, Poesia, p. 256



sabes, as casas podem ser do nosso tamanho
quando as olhamos a partir do branco
não sei se compreendes o quero dizer
quando enuncio a claridade

sabes, é como se fosse a partir desse eixo
que tudo se concebe, a perspectiva o desenho
a construção

agora ainda não, talvez amanhã te possa contar
como a luz pode integrar as mãos
e fundar nos olhos os efeitos da forma

e dizes-me, o branco o desenho a feição?
sim, esse instante é o intervalo entre tudo e nada
o momento Aberto* em que urge a criação


Gisela Ramos Rosa, 7-02-2010

17 comentários:

Lábios de Caprichos disse...

Grande sensibilidade!

leonor cordeiro disse...

Oi Gisela !
Seu blog é linnnndo. Parabéns!!!
Acabei de ler o seu comentário no meu blog "Na dança das palavras". Você não está conseguindo ler a postagem? Mas as letras estão em marrom escuro e o fundo é bem clarinho. Por favor, tente novamente e me dê um toque se continuar com dificuldades de leitura.
Um graaannnde abraço!

byTONHO disse...



Profundo demais!
Não alcancei... desculpe-me!
Sensiblidade total.

É preciso transformar sempre!

Beijos!

P.S.: Adorei Rokia Traotè, Mbifo.
De onde é?

Até!

Mar Arável disse...

As casas são máscaras

que assustam os pássaros

Bj

João Menéres disse...

GI

A tua luminosidade ofusca-me...

Um beijo.

Ricardo e Regina Calmon disse...

Lindo,muito lindo blog teu Gisela!

Uma pintura,o sol também te compele a escrever?

Viva a Vida!

Breve Leonardo disse...

[não é no mundo que se engordam as fendas que separam da terra a terra, do mar o mar, antes o nosso olhar que não se queda no horizonte que não seja plano; da lenta transformação do mundo, só uma palavra a pode registar, e é tão pouco o mundo para tanta palavra inventada]

um imenso abraço, Gisela

Leonardo B.

Eleonora Marino Duarte disse...

gisela,

trouxe-me a casa da infância e toda aquela luz imensa que lá havia,

obrigada.




de um lirismo espetacular o teu poema.

a foto é também belíssima.


um beijo e toda a minha admiração.

myra disse...

esplendida!!!! amo todo teu blog, fotos, plavras, sentimentos, TUDO, e nao esqueço da musica!!!tambem...tantos aplausos e tantos beijos,

Érico Cordeiro disse...

Gisela,
Um belo poema, emoldurado por uma fotografia arrebatadora!
Como a luz pode integrar as mãos? É só fechar os olhos que tudo se ilumina. Voltarei outras vezes para ler seus escritos.
E vi que você gosta de Piazzolla - assim, convido-a a conhecer o blog jazz + bossa. O endereço é:
www.ericocordeiro.blogspot.com
Abraços do Brasil!

myra disse...

...para te dar mais um aplauso por tu lugar aqui maravilhos...beijos

Anónimo disse...

Increible foto. Me encanta el ByN y el tratamiento de la foto.
Muy buena. Felicidades.

Hasta pronto!

Jefferson Bessa disse...

o intervalo do branco. o aberto do instante. a criação que surge.

Muito bonito!

Jefferson.

myra disse...

nao posso deixar de vir aqui ver se tem outras maravilhas!
beijossssssssssss

myra disse...

beijos com flocos enormes de neve!!! esta mais branco que nada aqui...neve, neve, neve...

Anónimo disse...

Que encanto!!! um mimo essas palavras ensinando o caminho da esperança a uma criança. Lindo, tudo o que tens aqui no teu Blog.

Beijinho.

Sílvia disse...

Excelente post :)

Beijinho