30 janeiro, 2010
quando o caminho é um rebento que agita e leva
A Árvore foi a forma de te ver
e desci para abrir a casa.
Daniel Faria, Se fores pelo centro de ti mesmo, p. 167
Quando o caminho
é um grão que desenha o movimento
e com os seus passos lentos não apela o abismo
ou a vertigem dos que persistem na roda da matéria
quando o caminho é um rio que se prolonga
restituindo um novo olhar sobre a Casa
e persiste escrevendo ondulações sobre o espaço
nos ramos das árvores nas janelas nos muros
em redor do coração* de quem sente
quando o caminho é um rebento que agita e leva
a raiz para um lugar sem fronteiras enunciadas
o Ser é a Casa um espaço que flutua
passagem Paixão ou Alma onde as pedras
se elevam como escada para a herança
das árvores que queremos abraçar
Gisela Ramos Rosa, 30 de Janeiro de 2010
Etiquetas:
ferdinan Hick,
Gisela Rosa
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17 comentários:
Preciosa foto.
Saludos desde España.
oi, querida, nao somente voce é uma grande fotografa, mas como escreve BEM! lindo,
mais beijos
Muchas Gracias Alvaro. Te saludo.
Myra, a foto não é minha. É sim uma selecção minha que ajuda a revelar o meu poema. Obrigada Myra,
Um beijinho
gisela,
é real a paisagem? que belíssimo recanto e o caminho até ele, lindo.
são tantas as delicadezas do verso e tão amplas as utilidades de tal Casa
que se misturaram em mim razão e emoção.
teu verso contém muito da filosofia maravihosa de acreditar na felicidade que fica na observação das coisas verdadeiramente volorosas da vida, as que moram nos detalhes.
eu gosto muito da sua forma de ver o mundo, é delicadíssima.
muito bonito o "detalhe":
"então a Casa poderá ser um espaço que flutua
uma passagem por onde as pedras se elevam como escada
para a herança das árvores que queremos abraçar">
e a Casa em maiúscula,
o Lugar, de fato.
um beijo, poeta.
Perfeito.Entrou dentro da imagem.Ou ela dentro de si.
Um excelente texto!
Que belas palavras Gisela, tão bom estar aqui!
bjs
Gisele
[tecelagem de imagens, harmonia, sons que encenam o bailado ancestral, com as letras, poema de caminho é caminho em si próprio; o que seria do atalho, rodeira, caminho, sem a poesia?]
um imenso abraço, Gisela
imensamente maior de cada vez que passo aqui nesta esplanada de letras
Leonardo B.
GISELA
Já te sentia a falta!
Sem dúvida que escolheste muito bem esta imagem de Fernand Hick...
"...quando o caminho é um rio que se prolonga
....
e oersiste escrevendo ondulações sobre o espaço..."
Esta tua poesia é outra das maravilhas que nos mostras para nosso puro deleite.
NOTA: Sabes porque morreu tão novo o Daniel Faria?
Um beijo
Quando o caminho tem silêncios que magoam, o abraço das árvores conforta a nossa solidão.
Um excelente poema, Gisela. Obrigada.
Um beijo imenso.
gostei...
↓
Há caminhos que nos levam a doçura...
Caminhei "entreversos"!
Beij♥s!
Sensacional blog y preciosas fotos!!!
A partir de ahora te sigo y espero poder seguir viendo estas magníficas fotos!
Un saludo!
caminhos abertos
elevação
das árvores.
Abraços.
Jefferson
Caminhos desenhados
mesmo com olhos fechados
nas palavras aladas
Muito bom
Boa noite, Gisela
O seu poema é belíssimo. O seu espaço também: delicado, profundo e realmente magnífico.
Gosto muito de passar por aqui. Toda a atmosfera é maravilhosa.
Muitos parabéns!
Um abraço :)
Aquela fotografia é um poema!
Este é um caminho sereno que nos leva á paz interior.
Muito bonito Gisela
Beijinhos
Carmo
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