Desenho de António Ramos Rosa, caneta tombo em folha de papel, 2008
É um jogo? Ainda não...
Serei eu? Em que objecto?
Aqui na mão, o movimento
ou corda de água ou sol por dentro.
Ainda não, e já poema?
Desejo só a lentidão
que abre o espaço para a mão.
...Que se desata no silêncio
e que ao silêncio dá a forma
do espaço vivo entre objectos.
Forma do gosto, da língua e pulso,
uma carícia de atenção.
António Ramos Rosa, em O Chão do Sopro, Respirar a Sombra Viva, p. 23, 1975
*o título deste post é um verso do poema com o mesmo título de ARR, p. 49 do mesmo livro.
8 comentários:
Pronto,confesso,o blog está a ficar mais bonito...
um beijinho
Um areal morno acolheu
Teus passos ávidos da chegada
Caminhas na procura das marcas
De uma espera desencontrada
Calmaria!
A bonança reivindicou o Sol no celeste
Uniram-se os pedaços de rasgada vela
Tua alma retomou o sonho adiante
Bom fim de semana
Mágico beijo
belo poema;
belas imagenes;
bellisimos olhos os teus
um beijo
Tu Amigo el Viejo
"Ainda não, e já poema?"
Lindíssimo, Gisela. Combinar os poemas com os desenhos do poeta mostra sempre "a forma do gosto, da língua e pulso,uma carícia de atenção".
Um grande beijo.
Lindo de verdade Gisela.
Unha aperta.
:)
Mais um momento de paz interior!
Num cenário renovado :)
beijinho
Este tem movimento quando o lemos...parece veloz :)
adorei.
Bejinho
Tens o amigo Profeta também teu seguidor :) somos amigos comuns desde o meu início de Blog...que giro!!! ainda ha poucos dias lhe disse que tinha nascido em Moçambique por causa do post da nossa foto :)
beijinho
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