Jean Cocteau Astrologie, 1958
Fomos visitar uns monges chineses, talvez taoístas.
António deitou-se, perante eles, em posição quase fetal - o que, noutra pessoa, teria sido considerado irreverência. Neste caso particular havia como um acordo tácito. (A posição correcta - que aqui não faz sentido seria de joelhos).
Ele não fez perguntas. Foi-lhe dito que tinha atingido o Absoluto.
Perguntei se eu alguma vez atingiria a serenidade. Foi-me respondido que só muito próximo do fim da vida.
Mas saí numa espécie de estado-de-graça, como se tivesse iniciado o caminho da perfeição.
Sonho de 8/10/88
Agripina Costa Marques, Sonhos, p.33, 1990
*A autora é companheira de António Ramos Rosa
** O título deste post é um verso de ACM.
3 comentários:
Curioso sonho...
Sempre gostei de ler/ouvir registos de sonhos.
um beijinho
JMV,
Lembrei-me que a minha tia (companheira de António Ramos Rosa) que também é poeta tem este livro de Sonhos que podem ser lidos aqui, na Matriz dos Sonhos! Um beijinho e obrigada
Muito bonito. Tudo.
beijinho, Gisela
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