Botão de rosa príncipe negro, fotografia de Gisela Rosa
A rosa,
a imarcescível rosa que não canto,
a que é peso e fragrância,
a do negro jardim na alta noite,
a de qualquer jardim e qualquer tarde,
a rosa que ressurge da ténue
cinza através da arte da alquimia,
a rosa dos persas e de Ariosto,
a que sempre está só,
a que sempre é a rosa das rosas,
a jovem flor platónica,
a ardente e cega rosa que não canto,
a rosa inalcançável.
Jorge Luís Borges, A rosa
5 comentários:
Que lindo este poema. Adorei!
Obrigada Adriana, pela sua visita e comentário. Um abraço!
há poetas que são uma rosa num grande campo só de malmequeres. são a rosa única, a rosa solitária, a rosa improvável. o jorge luís borges é a rosa. um grande beijinho, gisela (rosa :)
sem dúvida alice, Borges é a rosa (improvável). um terno abraço e obrigada.
Muito belo esse poema de Borges, Gisela.
Beijos.
Enviar um comentário