10 março, 2009

e o teu rosto foge à designação?





Desenhos de António Ramos Rosa, caneta tombo em suporte de cartolina de cor amarela,
fotografias de Gisela Rosa Outubro de 2008


É muitas vezes no jardim da residência onde o meu tio António Ramos Rosa mora que eu lhe peço para desenhar em suportes de cartolina coloridos porque ambos mergulhamos nos traços, nas cores e nas formas da sua criação.
Estes desenhos fazem parte de uma sequência por isso os reuno aqui.


* o título deste post é um verso de um poema da autoria de António Ramos Rosa (Vasos Comunicantes - 2006)

10 comentários:

dade amorim disse...

Gisela, tive um tio maravilhoso, mas diferente do seu: ele não escrevia nem desenhava, mas foi quem me apresentou ao teatro e ao bom cinema, me levava às melhores exposições de pintura, a museus de artes e me ensinou a valorizar a fotografia, a imagem em geral. Pessoas muito queridas e inesquecíveis, não é mesmo?
Um beijo.

Anónimo disse...

que bonito o verso que questiona e também responde... e os desenhos também lhe respondem. um beijinho.

(a selecção musical é sempre uma maravilha :)

José Manuel Vilhena disse...

Gosto muito do 1ºdesenho, não sei bem explicar porquê.

O slide no fim fica impecável!

um beijinho

adouro-te disse...

Julguei teus... os desenhos.
E disse para os meus botões: "A Gisela e o tio!"
Foi sugestão... mas verdadeira.
Afinal, os desenhos eram do tio. Mas continuo convencido do nome dos retratados.
Palermices... mas verdadeiras.
Beijo.

Gisela Rosa disse...

Adelaide,que palavras verdadeiras. Não sei se já reparou que eu e o meu tio temos um diálogo poético . Vasos Comunicantes; foi ele que me incentivou à escrita poética e me desafiou a fazê-lo, deixo-lhe aqui um poema meu desse livro que traduz o que sinto quando estou ao pé dele:

"Quando estou contigo abre-se um leve leque/ um arco de palavras percorre os canais de um rio tranquilo/ a poesia nasce para os meus olhos em amplas ondas/ respiramos com as ramagens das árvores mais antigas/ sentimos o vento as pedras os animais e o silêncio/ o teu sorriso é sempre um rosto que desenha o nosso encontro" (2006, p.71)


Alice, como sempre a sua espontânea sensibilidade. Muito obrigada, um beijinho


JMV é sempre bem-vindo a este espaço. Obrigada pela apreciação. Gostei daquela opção do slide em rotação, ainda bem que gosta. Um abraço


Uauuu, Mateo! Com que então, eu e o meu tio, os retratados! Gostei da sua brincadeira! Os desenhos do meu tio são sopros dos quais podem resultar figuras, tendencialmente femininas, mas também outras, geométricas, com formas de bichos, enfim....mundos, por isso me fascinam! Muito obrigada pelo comentário.



Um abraço a todos, Gisela

observatory disse...

gisela rosa?

recostei-me a pensar o que sabia

GR... RR... AP..

CF...

vesti

mariab disse...

belo traço, o destes desenhos. fluido, leve. feliz interacção, a sua com o seu tio. beijos

Gisela Rosa disse...

Caro César Figueiredo (observatory) muito obrigada pelo seu comentário....sim a inspiração são os rostos femininos e das formas em geral. Obrigada!

Sim Mariab os desenhos do poeta são fluidos, ele mesmo diz que são poemas.

Um abraço!

myra disse...

fantastico, adoro, como ja te disse, teu tio era genial, e voce tbem!!!!
beijos, e a musica e tudooooooooo!

Anónimo disse...

Gisela,

Estou aqui eternecida por entre estes e outros traços...
Como se o poeta desse outro "desígnio" às curvas das letras.

Um contornar veredas nas linhas de rostos onde o perfil, no fim, é o da mesma musa - poesia.

Um abraço que se estenda também a ele.
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Katyuscia