Toute porte a pour gardien un mot (mot de passe, mot magique)
Edmond Jabès
A mulher que escutas na janela do tempo
lavra a dor com um vibrante sorriso interior
cantando a melodia do não dito
com a língua dos silêncios encontrada
a chama desse corpo aceitou o infinito azul
e renasceu com a magia de um templo antigo
quebrando os muros com a subtil harmonia dos anjos
e se nos seus dedos vislumbras o azul e em seus olhos uma ferida viva
dir-te-ei que o sorriso transmutou a dor ao encontrar-te
na unidade originária dos poemas
na bondade nua que nutres com as mãos
e a janela solitária entreaberta revelando o ar
é agora uma porta aberta para o mar
descobrindo a magia do tempo horizontal
Gisela Rosa, Vasos Comunicantes, diálogo poético com António Ramos Rosa, p. 21, 2006
9 comentários:
Palmela Residential Customers DISSE
o nome da rosa
ele nunca o soube
caro anónimo, deixo-lhe estes versos:
"esboço um sorriso
com a delicadeza dos traços
um cavalo branco cavalga nesta página"
Vasos Comunicantes, p.81
obrigada por ter aparecido!
"o sorriso transmutou a dor ao encontrar-te"... um livro que expressou um encontro. Um encontro
e um desabrochar-outro... feliz,
claro!
Abraço, Gisela!
Obrigada Victor pelas palavras certeiras. Volta sempre um abraço amigo!
...que encanto de canto!
muahhhh
...Vivian muito obrigada por sua expressão tão espontânea e pela sua visita! Eu me sinto uma criança que descobre o espaço neste espaço e espero ser assim toda a vida em todo o espaço....
vou ver seu lugar! Gisela
A melodia do não dito, dos silêncios, da magia, da harmonia dos anjos... Consigo escutá-la, Gisela. Um belo poema.
Beijos.
Eu sei Graça, há essa empatia da percepção na escuta...obrigada pela visita, sempre!
mais beleza!!!!! poema e desenho!!!
vc. é incrivel e teu tio tambem!!!
beijossssssssssssssss
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