
tentei explicar-te como os mundos se cruzam, durante a travessia, enquanto resumíamos a dor naquele despertar de espelhos.......lembras-te como os nossos dedos deslizavam suavemente na superfície da pedra negra que apanhei à junto ao mar? e tu repetias-me incessantemente “é no mar das descobertas que tenho o meu olhar”....acordo muitas vezes na planície desse pensamento, como se estivesse dentro de ti....ou tu dentro de mim....ancorados no espaço a um ponto de luz, sem vazio nem perda,......e dizias-me “tenho o mar no meu olhar”.....tentei explicar-te, de novo, que atravessávamos o núcleo de um sonho de semelhanças onde a paisagem do caminho tinha as mãos juntas...e tu repetias “é no mar que saro as minhas feridas”...
Com a memória do espaço que separa as mãos fecho-as para nelas fecundar um olhar ou um silêncio com o espanto da criança que segura um pássaro olhando a janela com os reflexos do Mar...
Gisela Ramos Rosa, 08-01-2011
11 comentários:
[como as ondas que servirão de asas para esse voo rasante, nas mãos tomadas por salgadas marés escorrendo por rostos, corpo e mãos ancoradas e resgatadas "a um ponto de luz"]
um imenso abraço, Gisela
Leonardo B.
Leonardo! Os seus comentários são ondas de luz que regressam sempre...obrigada pela presença na Matriz. Um abraço meu amigo
Olá queria parabenizar você pelo blog e pedir que visita se o meu simples blog: informativofolhetimcultural.blogspot.com será uma honra ter a visita tua lá. Espero que goste...
Ass: Magno Oliveira
Folhetim Cultural
Um belo texto.
Um beijinho e desejos de um 2011 feliz também.
E eu fico-me >Com a memória do espaço quesepara as mãos fecho-as para nelas fecundar um olhar ou um silêncio com o espanto da criança que segura um pássaro olhando a janela com os reflexos do Mar...<
Não me puxes as orelhas amanhã lá no Grifo...
Gizela, o teu texto possui um visgo que me fez grudar na poesia das tuas palavras e lamentar quando ela termina.
É desses textos que nos faz suspirar a alma e agradecer pela existência da poesia.
beijo em teu coração
e um dia escrevi muito antes e a despropósito do seu texto
... estrangulaste um pássaro nas mãos só para desenhares no chão a dor que sentimos ...
Incontronável o seu espaço
Apareça
Ter o mar nos olhos é com certeza um privilégio de poucos. Especialmente quando ele é azul e transparente.
Abraço.
Gisela, que hajam sempre pontos de luzes a nos ancorar pelo espaço eque os dois - pontos e espaços - nos sejam infinitos...
Lundi!
Um beijinho
Ter o mar no olhar a um ponto de luz... Belíssimo!
Um beijo, Gisela.
Preciosa fotografía.-
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