04 maio, 2010

dos mapas que trazemos

Eagle Tree
© Mandy Schoch


“Sermos totalmente humanos torna-nos reais”

Deepak Chopra, a sabedoria do mago, p. 54


procuro palavras na língua para poder unir os ramos, das árvores em que nos tornámos...já antes havia inscrito nos muros a morada onde o silêncio me ensinou a escrever o nome e a reconhecer o mistério do que é transitório.... gostava de poder dar-te as minhas mãos para cruzarmos as linhas e os lugares sobre a luz ......descalça sentiria as folhas macias do livro...e na superfície bordaria o odor tranquilo do sol....a traçar o horizonte dos sítios e dos mapas que trazemos....


...concordas comigo quando digo que os olhos dão vida a tudo o que vemos por isso acariciemos lentamente a construção do nosso rosto, dentro da vida, como se ele fosse testemunha e percepção da inocência com que olhamos o mundo...

Gisela Ramos Rosa 04-05-2010

20 comentários:

Anónimo disse...

Fantastic picture!

Gisela Rosa disse...

Thanks Susan,

The picture is not mine.
The words are....

Best Regards

PAS[Ç]SOS disse...

Há ramos que pulsam de vida no interior de nós. É essa vida que nos permite olhar os mapas dos mistérios que habitamos. É ela que nos abre asas e lança em voos muito para além do que os olhos percepcionam. E só a inocência nos deixa agarrar os sonhos que lançamos em palavras com a vontade de que a realidade nos segure.

Gisela Rosa disse...

sim, Passos só o olhar inocente nos permite ver e dar vida....


Muito grata por sua passagem...por aqui

myra disse...

as tuas palavras sao tao tao tao ,como posso dizer, bem, mais que bonitas, verdadeiras! e acompanham tao bem a foto, e a musica é linda!!!!
beijos cheios de admiracao!

Henrique Pimenta disse...

Foto com palavras...

Tania regina Contreiras disse...

Giesela, é verdade, são os olhos que vivificam o objeto, o rosto, o gesto, a paisagem... Muito belo texto, parabéns.

Beijos

Gisela Rosa disse...

Mira, minha querida sei o que dizes, somos cúmplices do que sentimos. Um beijo


Henrique, suas palavras encantaram-me "urdindo nas asas" da criação...Muito obrigada!


Tânia, as suas palavras são gestos e paisagem para os meus olhos....Um abraço

Laura Herrera disse...

Hermosas palabras Gisela, y preciosa foto, un abrazo!

gloria disse...

Passei por aqui e fiquei muda! palavras e imagens se cerzem em pontos raros de sensibilidade. Descobri! somos co-autoras do livro "Juventude vai ao cinema", esse fios infinitos e invisíveis dos encontros...
abraço!

Unknown disse...

Laura! Gracias por tus palabras. Un fuerte abrazo



Glória! Incrível como me veio encontrar aqui na Matriz. Ainda não tenho o livro "Juventude vai ao cinema" mas o terei em breve. Irei ler seu artigo. Muitíssimo obrigada pelas suas palavras. Fico feliz. Abraço meu

Mar Arável disse...

Já vi um cego chorar

lágrimas vivas

Gisela Rosa disse...

...esse mar torna arável este espaço!

Com sentido em todos os sentidos...

Obrigada! Um abraço

Graça Pires disse...

"gostava de poder dar-te as minhas mãos para cruzarmos as linhas e os lugares sobre a luz"
Gostava, sim. E gostava de olhar esta paisagem com essa cumplicidade.
Um beijo, Gisela.

Gonzalo g. Arroyo disse...

lovely blog of pictures and words.I really like it.

regards

Carmo disse...

Excelente texto para uma bela foto.

beijinhos
bom fim-de-semana

Gisela Rosa disse...

Sim Graça, somos cúmplices da expressão e dos lugares que nos atravessam....Um beijinho!


Gonzalo, muito obrigada por suas palavras e visita!


Carmo, um beijinho e bom fim-de-semana!

UN VOYAGEUR SANS PLACE disse...

Cada contorno da linhas de um rosto é um universo inteiro, e os olhos são janelinhas por onde se observa e se interage, desde4 o primeiro momento em que se abrem...

Tu tens um rosto bonito, bonitos cabelos também, e um olhar aguçado, com bom gosto para as fotos, todas elas me pareceram, muito bem seleccionadas por ti.

Ah, que céu! E, na verdade, nem deve ser assim tão espectacular, nós é que não reparamos na imensa beleza que há em nosso céu todo dia, pois todo céu é semelhante, é algo inteiro, que nós não valorizamos na nossa correria de todos os dias.

São dias quase sempre mortos, diga-se bem a verdade.

Bem haja!

Patife disse...

É como se tivesses palavras de dedos ou dedos nas extremidades das palavras, diria o Barthes.

José Manuel Vilhena disse...

Obrigado.:)