© Alessandro Della Casa
João Medina dá-nos a conhecer no Jornal de Letras o mais recente livro de George Steiner, George Steiner at the New Yorker(2009), uma colectânea de 30 anos de crónicas literárias. Encantei-me quando a dada altura Medina remete-nos para: "o longo texto crítico que Steiner dedica a Jorge Luís Borges (p.162-175), um espírito - e um caso - que não podia deixar de atrair e fascinar Steiner, até pelas suas comuns preocupações cabalistas sabe-se que o argentino teve um aprendizado de cabala, quando residia em Genebra, o que lhe permitiu imaginar aquela prodigiosa metáfora do Aleph, localizado algures, numa escadaria na Rua Garay em Buenos Aires, a partir da ideia de que todo o ser vivo ou todo o som contém uma cifra do universo como um todo (...) e cita Steiner:
"O Universo é um grande Livro, e cada fenómeno natural e mental carrega consigo significado. O mundo é um imenso alfabecto. A realidade física, os factos da história, tudo o que os homens tenham criado, são como sílabas duma mensagem constante. Estamos rodeados duma rede ilimitada de significado, cuja verdadeira fibra carrega um pulsar de ser e conduz, por fim, ao que Borges, na sua enigmática história, chama Aleph (...). É o espaço dos espaços, a esfera cabalística cujo centro está em toda a parte e a sua circunferência em parte nenhuma; é a roda da visão de Ezequiel mas também o tranquilo passarinho do misticismo sufi, no qual de alguma maneira se contêm todos os pássaros."
Refere, ainda, João Medina, "Steiner sublinha a ideia borgiana de que o universo é uma Biblioteca, que contém todos os livros e todas as línguas"...
George Steiner: um crítico prodigioso, crónica de João Medina em Jornal de Letras, 2-15 Dezembro de 2009, p. 43
*O título é da autoria de João Medina
"O Universo é um grande Livro, e cada fenómeno natural e mental carrega consigo significado. O mundo é um imenso alfabecto. A realidade física, os factos da história, tudo o que os homens tenham criado, são como sílabas duma mensagem constante. Estamos rodeados duma rede ilimitada de significado, cuja verdadeira fibra carrega um pulsar de ser e conduz, por fim, ao que Borges, na sua enigmática história, chama Aleph (...). É o espaço dos espaços, a esfera cabalística cujo centro está em toda a parte e a sua circunferência em parte nenhuma; é a roda da visão de Ezequiel mas também o tranquilo passarinho do misticismo sufi, no qual de alguma maneira se contêm todos os pássaros."
Refere, ainda, João Medina, "Steiner sublinha a ideia borgiana de que o universo é uma Biblioteca, que contém todos os livros e todas as línguas"...
George Steiner: um crítico prodigioso, crónica de João Medina em Jornal de Letras, 2-15 Dezembro de 2009, p. 43
*O título é da autoria de João Medina
6 comentários:
Hoje, GI, deixo-me a contemplar a imagem!
Obrigada João. Também gostei muito da imagem e penso que se conjuga com o texto...obrigada e um abraço
imagem belissima, e sim, vai bem com o texto! adoro teu blog,
beijjjjjjooosssssssss
Porque o universo da memória
é uma biblioteca
a propósito da imagem
recordei-me de uma outra
as minhas salinas de Aveiro
Gisela, a imagem é lindíssima. Também li o texto de Steiner, crítico que muito aprecio. E gosto da ideia de Jorge Luís Borges "o universo é uma Biblioteca, que contém todos os livros e todas as línguas"...
Um beijo.
Perdi-me a contemplar a fotografia.
Parabéns pelo blogue Gisela
Beijinhos e bom fim de semana
Carmo
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