26 novembro, 2009

Para que nesse instante figurasse o tempo

Se nas mãos encontrássemos os elos
Por que tecemos os dias
E com elas revelássemos o Sol
Que em nós fez crescer as manhãs

Pedir-te-ía um ocaso suspenso entre os dedos
Para que nesse instante figurasse o tempo
Mediador de vozes e silêncios concretos

Agora, desta janela reescrevemos as casas
os sóis de um só fruto ainda por dizer

Gisela Ramos Rosa (2009)

7 comentários:

Voar sem Hasas disse...

há beleza,
muita beleza,

uma foto maravilhosa, com encantamento....

um poema tão simples e puro, como as linhas destas teis... de orvalho

lindooooooooooo

Iracema forte Caingang disse...

LINDAS PALAVRAS LINDO BLOG.

Sishir disse...

Great capture Gisela!!!
Congrats!

myra disse...

que maravilha de palavras e imagem! lindo, lindo, beijos grandes

José Manuel Vilhena disse...

A cúpula do espaço está linda,luminosa...como o poema de que gosto bastante.

Lídia Borges disse...

Muito bonito, o poema:

Realço os seguintes versos:

...
"Pedir-te-ía um ocaso suspenso entre os dedos"
...
"Agora, desta janela reescrevemos as casas
os sóis de um só fruto ainda por dizer"

Boa intertextualidade Palavras/Imagens

L.B.

Breve Leonardo disse...

[e dos silêncios concretos quantas palavras se animam, na poeira solta pelas mais intimas divisões da casa, da casa ambulante que teima permanecer dentro do corpo, duma casa doença quase quase maligna que o nosso corpo percorre em concretos silêncios, e nada; os sóis haverão por bem, iluminar a essa voz inquieta, no final desta madrugada - mar estrela ancorada]

gisela, permita-me este improviso, mas a palavra tem mesmo que acontecer, em qualquer estação, em qualquer lugar

um imenso abraço
deste lado do nosso quintal

Leonardo B.