05 outubro, 2009

por vezes invento um Sol

flowers still have power
© Codrin Lupei


Já perguntei ao Sol quantos caminhos
se percorrem para atingir a claridade

Já perguntei ao Sol se o horizonte
é um pássaro leve e nos transporta

Já perguntei ao sol se a vida é
uma floração secreta de sonhos

Já perguntei ao sol se as palavras
são a secreta luz do seu mistério


Por vezes caminho em direcção ao horizonte, voando como um pássaro leve, e a vida ganha o sabor de uma floração secreta de sonhos e invento um Sol que me ceda a secreta luz do seu mistério.


Gisela Ramos Rosa (2009)

11 comentários:

Daniel Gonçalves disse...

Daniel Gonçalves made a comment about your note "por vezes invento um Sol":

e do cimo dos teus sonhos guardava-te
como um campo de papoilas

e dizia-te que o caminho
estava no centro da tua mão
quando escrevias um poema

que o pássaro eras tu
quando davas asas a palavras
que adormeciam na escuridão

e do cimo dos teus sonhos esperava-te
como uma manhã perfeita

cantando o que os outros apenas sussurram
colhendo o que os outros apenas reparam

Anónimo disse...

Hummm lindo Gi!!!
Precisas de um Sol real :)

Beijinho grande

Anónimo disse...

Olá...

Dá uma espreitadela no meu blog ;)
www.ocantinhodamimi.blogspot.com

Beijos*

Lago Mudo disse...

É o primeiro blog que acho que merecia ser mostrado num ecrã de cinema... lindíssimo, grande, épico... Parabéns!

Lídia Borges disse...

Linda esta viagem por trilhos secretos, em busca da luz do sol.

Um beijo

João Menéres disse...

Maravilhosas perguntas fizéste ao Sol !
Do silêncio do Sol, construiste uma poesia cheia de luz, de horizontes vários e de muitas vidas plenas de palavras assim.

Um beijo com a muita admiração do

João

dade amorim disse...

Lindo, Gisela.
Nem é novidade.
Tinha saudades daqui.

Beijo.

Milhita disse...

Eu vejo um Sol dentro de ti.
Vejo as interrogações em forma de respirações de uma alma que se encontra e desentende.
Muito bonito
Parabens!

Eleonora Marino Duarte disse...

poeta,

belíssimas perguntas dirigidas ao Deus dos Horizontes,

comoveu-me a caminhada de pássaro...


um beijo!

Marcelo Novaes disse...

Gisela,




Se no poema acima, as palavras ( e silêncios) eram Ballet, aqui são inflorescências da Luz.






beijos,







Marcelo.

C. disse...

Um poema, assim, à queima-roupa, um poema escrito assim, lava-nos a alma dos "restos" do dia.
Obrigada pela oferta.