Reflejar es amar.
Jorge Guillén, Cântico, Tiempo Libre
Com as mãos projecto os muros
para além da Casa
construo extensões da alma
modelo verbos silêncios
apuro os sentidos na paisagem
para habitar este lugar transitório
com as mãos suspensas na página
observo a harmonia da linhas do mundo
como se o meu corpo fosse uma gaivota
voando voando voando na rotação
de um movimento original
retornando às mãos
reencontro as rotas da criação
e recordo com o sabor agudo da língua
a água do mar
nelas mergulho o corpo
e respiro
gisela rosa
11 comentários:
Ups!!! Fiquei surpreendida pelo azul do poema... "mergulho o corpo e respiro". Amei!
OBRIGADA!
Um abraço azul
Teresa! Eu é que lhe agradeço a imagem que me fascinou desde que a vi no seu blogue. O resto são palavras azuis na brisa azul!
Um abraço!
"com as mãos suspensas na página" quero uma casa com paredes azuis, com varandas vidradas sobre o mar azul.
Um beijo Gisela.
palavras lindas Graça, obrigada, pela sua recepção, no mesmo tom de azul!
Caro José Vilhena também lhe agradeço o reflexo dos meus poemas...construídos com o azul do mar (ou dos tigres) dos meus sonhos...
Esbelto e leve, este seu poema!
Cumprimentos meus
Excelente poema (como diria a nossa
I.A.B.)! Com uma imagética riquíssima. Não resisti e fiz uma leitura psicanalítica - um exemplo:
o eu-poético mergulha no MAR o CORPO e depois... RESPIRA! Um poema mto rico.
Grande abraço, Gisela.
lindíssimo, um poema onde mergulhar*
Caro Vieira Calado, as suas palavras neste espaço propagam a poesia. Obrigada!
Victor, espero a visita da Isabel!
Obrigada pela tua análise, se não pudesse sonhar o "Mar", ou mesmo o seu reflexo, eu não respiraria...bjs.
Ana Salomé! que bom tê-la aqui..sempre que a visito, leio os seus posts ou observo as suas passagens em outros lugares fico com a leve impressão de ter visto um pássaro a voar...
como sempre lindo, muitos beijos e um grande aplauso!
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