
Nada é inacessível no silêncio ou no poema.
António Ramos Rosa
Aproximei-me da festa do silêncio com o fluir das palavras nuas que escreveste. Suspendi o tempo junto a ti como a criança que recoloca as peças do jogo com a simples respiração acedendo ao novo mundo imprevisto em movimento. Um foco de ternura cúmplice aproximou o sentido total dos nossos gestos fora do tempo. Um campo de ressonâncias eternas trespassando-nos como a água sem corpo que esvazia as palavras, dos sentidos obscuros, onde habitamos a brancura e o afecto deste encontro. Agora sei que haverá a palavra viva quando a morte for limite, haverá o fluxo do livro descobrindo a página, haverá um rosto traduzindo o silêncio, haverá um traço de prece inclinada na paz dos nossos ombros.
10 comentários:
Depois de um dia algo cansativo, como é bom encontrar
n'A FESTA DO TEU SILÊNCIO a ÁGUA SEM CORPO QUE ESVAZIA AS PALAVRAS...
Obrigado, GI, por tudo, sempre.
Um beijo.
Nada é mesmo inacessível, quando as palavras se despem assim da carga que transportam no tempo e ficam suspensas na leveza de um sentir como o teu...
Obrigada pela partilha e pela beleza serena da imagem.
Ando com dificuldade de comentar nos teus blogues. Espero que agora o registo fique.
Beijos
Obrigada eu João pela tua palavra aqui
a tua presença
UM ABRAÇO
BRANCAMAR....curiosa a sua leitura de minhas palavras.
Profundamente grata pelo reconhecimento desta expressão. Um beijo grato
Gisela
no poema, no silêncio, como na vida tudo é ou deveria ser acessível para o desenvolvimento do Ser.
Gosto muito de por cá passar, G.
Beijinhos
P.S. adoro os desenhos. Obrigada muito!
bjs
Bonito tanto a imagem como o teu pensamento...
Beijo grande
Tudo é possível
e improvável
levo sempre o coração tão cheio quando por aqui passo
obrigada Gisela
fr
...ver, ler, reler e voltar atrás para ler de novo devagarinho. Assim sugere, este compasso binário, em imagem escrita.
Voltarei.
...nada escapa a que tem em si sóis a luzir.
Abraço
Muito bonito o seu texto, Gisela! Encima, ainda por cima, por um verso cheio de António Ramos Rosa (daqueles que se equivalem a toda uma arte poética).
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