
Conta-me uma história como se fizesses girar a roda do tempo. Coloca-me nos dedos o movimento da semente que nos meus olhos germina. O chão moldou a tua passagem pela noite...mas o dia continua em ti..... sinto que escutamos o som dos veios rodando. e como aves desenhamos circunferências em torno de um eixo, o nosso próprio rosto...sulcamos o templo, o fogo e o metal da passagem...tocamos a porta para abrir um momento....
conta-me como um rosto consegue dilatar os círculos contendo o lado mais obscuro da matéria....agora que descobriste esta casa, repousa as mãos, olha ...conta-me... como se fosses o sopro que me acolhe no interior da esfera...
Gisela Ramos Rosa, 24-04-2010